Publicado em 23 de fevereiro, 2017 | por Centro Paz e Amor
0A ajuda divina
Richard Simonetti
O rio transbordava, as águas invadiam o vilarejo. Aquele crente, que morava sozinho em confortável vivenda multiplicou orações, pedindo a assistência do Céu. Em dado momento, ante o avanço da enchente, foi para o telhado, confiante de que Deus o salvaria. As águas subindo…
Passou um barco recolhendo pessoas ilhadas.
– Não é preciso. Deus me salvará!
As águas subindo… Passou uma lancha…
– Fiquem tranquilos! Confio em Deus.
As águas subindo… Passou um helicóptero…
– Sem problema! Deus me protegerá.
As águas subiram mais, derrubaram a casa e o homem morreu afogado… Diante do Criador, na vida eterna, reclamou:
– Oh! Senhor! Confiei em ti e me falhaste!
– Engano seu, meu filho! Mandei um barco, uma lancha e um helicóptero para recolhê-lo!
Não estamos entregues à própria sorte, como sugere o pensamento materialista de Jean Paul Sartre (1905-1980).
O Senhor não esquece ninguém. A todos estende sua mão complacente, dando-nos condições para enfrentar nossas dificuldades e dissabores. Há um problema: raramente identificamos a ação divina. Isso porque as respostas de Deus nem sempre correspondem às nossas expectativas.
Pedimos o que desejamos. Deus nos dá o que precisamos.
Os temporais da existência simbolizam as esfregadas da Providência Divina, ensejando mudança de rumo. Senão, vejamos:
- A doença respiratória…
- O lar em desajuste…
- A dificuldade financeira…
- A perda do emprego…
- O acidente automobilístico…
São situações constrangedoras que nos perturbam. Pedimos a ajuda divina. Deus vem em nosso auxílio, mas é preciso que nos disponhamos a tomar o barco do futuro, deixando no passado velhas tendências. Podemos considerar, na mesma sequência, que:
- O tabagismo afeta os pulmões.
- A incompreensão conturba o relacionamento afetivo.
- A indisciplina nos gastos faz rombos nas contas
- A displicência profissional resulta em demissão.
- A irresponsabilidade no trânsito favorece desastres.
A pouca disposição em encarar nossos erros e desacertos, como causa de nossas dificuldades e problemas, neutraliza a ação divina em nosso benefício. As crises sugerem mudanças.
Se não mudamos come-las, sempre nos sentiremos abandonados por Deus, incapazes de identificar o socorro divino.
A propósito vale lembrar interessante texto, que me veio ter às mãos, sem indicação do autor:
Pedi a Deus para tirar os meus vícios.
Deus disse: – Compete a ti superá-los.
Pedi a Deus para fazer completo meu filho deficiente.
Deus disse: – O Espírito é completo. O corpo é temporário.
Pedi a Deus para me dar paciência.
Deus disse: – Paciência não é dádiva. É aprendizado.
Pedi a Deus para me dar felicidade.
Deus disse: – Eu dou bênçãos. Felicidade depende de ti.
Pedi a Deu para me livrar da dor.
Deus disse: – Sofrer te afasta do mundo e te aproxima de Mim.
Pedi a Deus para fazer meu espírito crescer.
Deus disse: – Deves crescer por ti próprio. Farei a poda para que dês frutos.
Pedi a Deus todas as coisas que me fariam apreciar a vida.
Deus disse: Eu te dei a Vida para que aprecies todas as coisas.
Pedi a Deus para me ajudar a amar os outros como Ele me ama.
Deus disse: – Ah! Finalmente entendeste!