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Publicado em 3 de fevereiro, 2019 | por Centro Paz e Amor

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Dever negligenciado

Orson Peter Carrara

Essa expressão foi usada por Allan Kardec no capítulo XXVIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 34, Prefácio, Num perigo iminente.
Referido capítulo é intitulado Coletânea de Preces Espíritas, onde há preciosas considerações em compactos “prefacinhos” que antecedem os modelos de preces ali apresentados.

Na referência em destaque, a expressão diz respeito aos perigos variados que corremos, onde podemos constatar a fragilidade da vida humana, exposta que está a tantas situações difíceis, perigosas e, em alguns casos, promovedoras de autênticas tragédias.

No entanto, muitas aflições, muitas tragédias e mesmo complicações físicas, emocionais ou mesmo morais, inclusive doenças poderiam ser evitadas, nem precisariam ocorrer, não estando enquadradas em provas ou expiações.
Mas sim, resultados de um dever negligenciado. A falta de atenção, os descuidos variados, as negligências pequenas ou maiores que nos permitimos, podem sim gerar quadros não previstos, em que não haveria necessidade de ocorrer.
Aí sim, em ocorrendo, podem entrar no quadro de provas e expiações, gerando-as como fruto exatamente do dever negligenciado como indica a expressão, em alguns casos imediatamente ou com desdobramentos futuros no tempo.

Imagine o leitor as situações próprias do cotidiano que se enquadram na força da expressão.
Quantos casos e situações todos vivemos resultantes de um dever que não demos importância, que não valorizamos, que não cumprimos.

Toda desatenção com o dever imposto pela consciência ou mesmo pelas circunstâncias gera efeitos no tempo, consequências que deveremos enfrentar, normalmente saturadas de aflições ou dores físicas e morais.

É comum que encontremos mais adiante no tempo as situações de remorso, do arrependimento, da escassez sob vários aspectos e as graves consequências de relacionamentos que se transformam em tragédias; também coletivamente, com grandes prejuízos e desdobramentos para a coletividade, resultantes da mesma razão, que também geram enfermidades, misérias, violências e perturbações que se desdobram além-túmulo, em cruéis obsessões e comprometimentos para o futuro reencarnatório, muitas vezes por fatos e instantes de negligência tratados com indiferença ou omissão.

Melhor que estejamos mais atentos para atenuar ou extinguir os perigos físicos, emocionais, psicológicos, financeiros e especialmente morais que se acercam de nós, por uma simples e nova atitude: o prestar atenção ao que ocorre à nossa volta, conosco, ou com que está ao nosso lado. Nossa omissão poderá custar lágrimas e aflições.

Peçamos, pois, a Deus, força e coragem, para sermos mais presentes, autênticos e atuantes no bem.
Mas não fiquemos apenas no pedido, comecemos a dar os primeiros passos para isso…

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