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Publicado em 20 de dezembro, 2019 | por Centro Paz e Amor

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Quais são as características que demonstram se a minha mediunidade está sendo usada por obsessores e não por benfeitores?

Os processos obsessivos trazem algumas características que podem mudar de intensidade de pessoa para pessoa e de Espírito para Espírito, em alguns são mais intensos e em outros mais sutis, tudo depende da real intenção da ação obsessiva e da categoria a qual o Espírito, encarnado ou desencarnado, pertença.

Como sabemos, as obsessões são realizadas sempre por influências inferiores, portanto, sua finalidade é de mesmo teor e intenção, desta forma, as características que envolvem as ações de influenciação são empregadas para o cumprimento de desejos, vontades ou de emoções mais grosseiras do próprio médium ou do seu obsessor.

Estudaremos a partir de agora, as principais características de um processo obsessivo, lembrando que estas características retiramos da segunda obra básica da doutrina espírita: “O Livro dos Médiuns”, no capítulo 23, item 243. e que estas características não são somente para os médiuns, são também para todas as pessoas. Fizemos aqui um resumo sobre cada uma das características mencionadas por Allan Kardec.

A obsessão, de qualquer grau, sendo sempre efeito de um constrangimento e este não podendo jamais ser exercido por um bom Espírito, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsidiado é de origem suspeita e nenhuma confiança merece. Se nelas alguma coisa de bom se encontrar, guarde-se isso e rejeite-se tudo o que for simplesmente duvidoso. – O Livro dos Médiuns, no capítulo 23, item 243

1ª Persistência de um Espírito em se comunicar, bom ou mau grado, pela escrita, pela audição, pela tiptologia, etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam;

É muito comum notarmos que há médiuns que procuram influenciar e tomar a frente da casa coordenando as atividades mediúnicas, se utilizando de sua mediunidade e comunicação “inconstestáveis” com o Espírito dito elevado ou famoso para coagir o grupo ou parte dele, ao qual está integrado, por vaidade do médium ou do Espírito obsessor.

Percebe-se que há aqueles Espíritos, de ordem inferior, que assumem o controle sobre o médium e sobre o comando da casa, impedindo que Espíritos que não participam de seu grupo se manifestem nos médiuns, e assim levar ao seu público as suas “verdades”.

Desta maneira, percebesse que o Espírito assume o controle para evitar que Espíritos de opinião contrária a sua ou que venham esclarecer o grupo mediúnico dos equívocos por eles assumidos.

No entanto, não queremos dizer que não haja em casas espíritas sérias Espíritos que assumem um “posto de comando” dentro da casa Espírita, mas que este, realizam um trabalho de esclarecimento com base nos Ensinamentos do Mestre e na codificação espírita com o objetivo principal de levar o amor e a caridade e não fazem do médium a sua propriedade.

O que não ocorre com os Espíritos inferiores e pseudossábios que conseguem controlar algumas casas espíritas e médiuns invigilantes, tornando-os vaidosos, orgulhos, egoístas, mesquinhos e cultivadores de todas as paixões inferiores que enalteçam o ego de quem os ouça.

Há também a categoria dos Espíritos pseudossábios e que algumas vezes, buscam realizar um trabalho no “bem” limitado as suas vaidades, mas com exagerados equívocos doutrinários, tanto na prática do Espiritismo como nos Ensinamentos do Mestre. Que se revelam através de exteriorização de emoções inferiores quando confrontados ou quando percebem que alguém os quer afrontar por terem notados tais equívocos.

2ª Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;

Há médiuns que se dizem espíritas, e que logo saem do Espiritismo, por não se encaixar dentro da doutrina espírita ou que são constantemente confrontadas pelos seus equívocos doutrinários. Allan Kardec nos solicita o crivo da razão e da lógica para analisar uma mensagem mediúnica, antes de dar como verídica e analisar o médium pelos seus frutos.

No mundo espiritual existem muitos Espíritos inferiores astutos e até estudiosos do Espiritismo, que aparentemente suas mensagens parecem esclarecedoras, porém, se estudadas com critério e imparcialidade, os equívocos doutrinários aparecem.

Muitos médiuns e espíritas se encantam com mensagens mediúnicas proferidas verbalmente ou através da escrita por Espíritos que dizem ser o que na verdade não são, há aqueles que dizem ser o Espírito de santo fulano de tal, de Espíritos iluminados e reconhecidos ou famosos, bem como há aqueles que se transfiguram com as vestes e características físicas destes santos e famosos, para que os videntes confirmem a entidade do Espírito comunicante.

Há aqueles que são insuflados com pensamentos e “esclarecimentos particulares” ou de um “grupo reservados de pessoas” que afirmam para os quatro cantos as maiores barbaridades possíveis, achando que aquilo é Espiritismo, sem uma análise criteriosa e com imparcialidade.

Espíritos zombeteiros e pseudossábios aproximam-se daqueles que são facilmente fascinados, impressionáveis e que não tomam a vigilância e a seriedade necessária para os trabalhos mediúnicos, tornando-se estes presas fáceis para suas comunicações.

3ª Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas;

Neste casos, como já mencionamos anteriormente, há aqueles que se encantam com as identidades dos Espíritos, e devemos tomar cuidado quando um Espírito se apresenta para nós com um nome famoso ou reconhecido dentro ou fora da doutrina espírita.

Pois o que menos importa na comunicação espiritual é o nome do Espírito, pois Ele pode ser um Espírito zombeteiro ou astuto que deseja ridicularizar o Espiritismo, a casa espírita ou o médium, atirando o açúcar para o formigueiro, a fim de zombar da invigilância do corpo mediúnico e da casa espírita.

Existe, tanto no meio espírita ou não, aqueles médiuns que crêem receber mensagens somente de Espíritos elevados e que no dia a dia são pessoas que xingam no trânsito, ofendem o seu semelhante quando importunados por ele, que não possuem qualquer mérito moral ou virtude sublime, que demonstrem os bons frutos daquela árvore.

Se estamos recebendo mensagens ou comunicações de Espíritos elevados e superiores é necessário parar, refletir, e compatibilizar se as nossas ações, pensamentos e atitudes são condizentes com as daqueles Espíritos que assinam.

Devemos nos recordar a universalidade das informações, se alguém diz ser o único comunicante de alguma novidade ou que possa um esclarecimento exclusivo, ou que só ele pode se comunicar com aquele Espírito, isso demonstra sinais de obsessão por fascinação.

4ª Confiança do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam;

Outra característica muito comum é quando percebem que o Espírito dispensa muitos elogios ao médium pelo qual se comunica, ou para o corpo mediúnico, ou para algum médium em especial.

Muitas vezes, os Espíritos inferiores se utilizam destes recursos para envaidecer o ego e a vaidade dos médiuns, buscando a intriga, a vaidade, o orgulho e a inveja, com o propósito de dividir a casa e por fim causar desordem para instaurar os processos obsessivos dos trabalhadores da casa espírita.

Há também aqueles Espíritos que quando se comunicam elogiam de forma vaidosa estimulando o orgulho de quem recebe. Os Espíritos sérios não procuram elogiar, mas educar e esclarecer, dentro da visão espírita cristã, com base nos ensinamentos de Jesus.

5ª Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis;

Muitos cooperadores espíritas combatem fervorosamente aquelas pessoas que buscam alertá-los sobre seus equívocos e isso acontece também quando se sentem ameaçadas em perder cargos e posições, dentro ou fora do centro espírita, praticando estratégias menos dignas para o repelir aqueles que ameaçam à sua vaidade e orgulho.

Primeiramente se ofendem e passam ver o outro como sendo alguém inferior a ela própria, depois, se afastam da pessoa e por fim lutam com todas as armas possíveis, inclusive incurtir fofocas perniciosas em relação à aquela pessoa ou até mesmo ao grupo como todo, buscando arrendar para si seguidores, dividindo os trabalhadores da casa.

Normalmente falta humildade do médium em parar e observar, se a chamada de atenção condiz com a verdade, pois, é natural que sejamos passíveis de equivocos e frágeis para o erro. O orgulho e a vaidade não o deixa pedir ajuda e muitas vezes não quer sair do conforto que o equívoco proporciona a ele, pois sente o medo de perder aquela “confiança” e “autoestima” que conquistou com a ajuda dos Espíritos inferiores.

6ª Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;

É necessário que nós busquemos adquirir um aparelho que se chama “melindrômetro” que mede o nosso nível de melindre, pois é comum que não gostemos de ser criticados e contrariados.

O que torna uma pessoa melindrada é que não gostamos que alguém tenha uma superioridade moral ou intelectual em relação a nossa, pois não queremos ser inferiores, ou também quando não sabemos ouvir e, logo, por vaidade não admitimos o erro, o equivoco, a mentira em que criamos, e muitas vezes, nós mesmos sabemos que estamos errados, mas por orgulho, batemos o pé e firmamos no nosso erro.

O mesmo ocorre na mediunidade, quando o médium expressa sua comunicação e alguém critica a mensagem, a figura do médium ou Espírito comunicante, pois, falta no médium a maturidade e a vigilância, e este logo se ofende e rebate a crítica de forma imatura, dessa maneira, o médium se contradiz com a mensagem elevada e com a autoridade moral do Espírito, se é que é ele, pois não há compatibilidade vibratória, e os semelhantes se atraem vibratoriamente.

7ª Necessidade incessante e inoportuna de escrever;

Há neste caso, não só a necessidade de escrever, mas a de alguns médiuns em revelar a sua mediunidade 24h por dia, embora saibamos que somos médiuns, isso não quer dizer que devemos realizar as atividade mediúnicas em tudo que é lugar e a toda hora.

Existe muitos médiuns que ao visitar um amigo ou familiar, e diz para alguém “- Sinto um Espírito aqui no seu lado…” ou “- Você está carregada hoje…”, a mediunidade não foi feita para ser inconveniente, há lugar e hora certa de exercer a mediunidade não deve ser praticada a belprazer ou curiosidade dos outros.

É claro que há algumas exceções em que os Espíritos benfeitores precisam intervir na rotina do médium, e nestes casos é com a permissão e supervisão de Espíritos superiores com finalidades sérias e justas.

Há médiuns que gostam de serem os gurus de familiares, amigos e colegas de trabalho, sabemos na doutrina espírita tem por finalidade o uso da mediunidade para fins educativos e de esclarecimentos, e não como objetivo de fazer vidência, mesmo que gratuita, ou provar sua mediunidade a terceiros.

8ª Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar a seu mau grado;

A categoria de obsessão chamada de subjugação, também conhecida como possessão, pode trazer muitos danos aos médiuns, pois o constrange com situações embaraçosas e inadequadas.

Há alguns médiuns psicofônicos que quando nos trabalhos mediúnicos não possuem educação mediúnica, que quando são influenciados por entidade sofredoras com a finalidade de serem esclarecidas e auxiliadas, se deixam subjugar por elas conscientemente, causando pancadas na mesa, expressões verbais e emoções exageradas e incoerentes com a proposta dos trabalhos mediúnicos.

Existe também aqueles médiuns de passe, que durante o procedimento do passe magnético começam a expressar-se em tom alto ou moderado, fazer gestos ou movimentos sem necessidades, querendo exagerar ou aparecer diante dos seus irmãos de trabalho mediúnico ou dos pacientes que estão ali orando e buscando os benefícios dos fluidos, mas que sua meditação está sendo perturbada por um médium baderneiro e perturbador.

Essa característica também se encaixa nos momentos em quando somos afrontados por alguém e por terem ferido a vaidade e o orgulho jogamos impropérios como reação impulsiva e nos transformamos em verdadeiros animais ferozes, e quando tudo esfria, percebemos que fomos longe demais e que falamos muitas coisas que não são verdade ou refletimos percebendo que cometemos atos e atitudes que normalmente não praticamos nestas situações e que não é da natureza dela.

9ª Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa, ou o objeto.

Talvez essa característica seja aquela que é mais evidente em um médium desequilibrado, pois ele causa desordem onde passa, cria situações desnecessárias ou exerce a mediunidade sem o mínimo de educação mediúnica ou até mesmo comete exageros durante o processo mediúnico.

É aquele médium que “recebe” Espíritos na hora do passe ou da oração, seja ela trabalhador ou não da casa espírita. É aquele que você não pode chamar a atenção que ele roda a baiana dentro ou fora do centro espírita.

Sem dizer que serve a vontade do Espírito incondicionalmente, sem vigilância ou estudo mediúnico, e oferta mensagens em momentos inadequados causando perturbação no ambiente. É aquele que gosta de uma mentira, fofoca ou que gosta de contar suas estórias como trabalhador mediúnico em outros tempos ou em casas espíritas em que trabalhava.

Podemos encaixar nesta característica aquele médium que aprecia estar no centro das atenções, sendo objeto de inveja e confusão por onde passa.

Leia o nosso artigo: Série Obsessão VI – Tipos de Obsessão

Então pudemos perceber que há características de obsessões notáveis e simples de serem identificadas por nós, e que devemos tomar os cuidados essenciais para que busquemos o equilíbrio, o esclarecimento e a educação mediúnica. Não é em vão que Jesus menciona em seus ensinamentos “Orai e Vigiai“. Vamos estudar a mediunidade de forma profunda, há muitas literaturas, esperando por nós.

Não se esqueça que o nosso artigo foi focado para o médium, mas serve também para quem não é médium, ou seja, para quem é simpatizante ou espírita convicto.

Esperamos que tenham apreciado este estudo, até o próximo artigo.

Muita paz!

Recomendamos a leitura destas obras mencionadas neste estudo “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec e “Obsessão e Desobsessão” de Suely Caldas Schubert, bem como o estudo das obras do Espírito Manoel Philomeno de Miranda e Divaldo Franco.

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