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Publicado em 13 de março, 2023 | por Centro Paz e Amor

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QUAL O MELHOR BRINQUEDO?

ALBERTO ALMEIDA  (www.albertoalmeida.net)

QUAL É O MELHOR BRINQUEDO?

Quando se trate de crianças, é natural que logo se pense em brinquedos. Fazem parte da estrutura psicológica da infância as brincadeiras, os jogos, os divertimentos…

Tão comum é o ato de brincar, das crianças, que quando um adulto participa alegremente dos folguedos e das danças populares costuma-se dizer que “ele brinca como uma criança”; e quando assume com frequência o comportamento do brincalhão, fala-se que “ele é uma eterna criança”.

A ação de brincar nos remete aos brinquedos e estes, às crianças!

Toda criança carente socioeconomicamente é violada quando não tem acesso às brincadeiras e não dispõe de brinquedos, ou quando não se lhe oportuniza construí-los a partir dos recursos materiais disponíveis como, por exemplo, a sucata. Igual violência, no entanto, se comete quando, no sentido inverso, se cumula os filhos com tal quantidade e multiplicidade de brinquedos, de modo a lhes impedir de sentir o mínimo desejo, em razão de nada lhes faltar, “pervertendo-lhes” assim, de certa forma, a vontade desejante. Ambas as situações mencionadas se revelam lesivas, como tudo que se coloca nos extremos.

A ludicidade e o entretenimento compõem, sobretudo, o ambiente psíquico infantil. Ajustam-se os brinquedos de acordo com a faixa etária, respeitando as diversas etapas com os seus respectivos interesses; consideram-se aqueles que são didáticos, daqueles que não o são; avalia-se o seu grau de segurança para resguardar os pequerruchos das machucaduras e dos traumatismos; verificam-se os ingredientes que o constituem e o tamanho das peças que o compõem, buscando não perturbar a saúde da criança… Enfim, há todo um mundo infante coroado de fantasias e emoções, cheio de objetos simbólicos e de imagens instigantes requerendo atendimento adequado por parte dos educadores adultos, com vistas ao desenvolvimento neurossensorial, psicossocial, afetivo, intelectual e espiritual.

As crianças trazem tendências e aptidões inatas, inclinações e limitações que fazem parte da sua historiografia espiritual como a alma que é reencarnada, falando, deste modo, das suas necessidades e de seus propósitos, bem como da responsabilidade daqueles que devem acolhê-las na condição de pais e de educadores.

E é por meio dos brinquedos e das brincadeiras, ou seja, pelo ato de brincar que se possibilita ao espírito reencarnante, nas múltiplas faixas etárias do seu desenvolvimento infantojuvenil, que ele vá se revelando ao mundo, aos seus pais e aos educadores, aos seus professores e aos tutores. Estes, então, passam a dispor da matéria-prima de excelência para esculpirem um novo homem, desta feita ensejando uma boa performance existencial aos seus rebentos.

Em pleno terceiro milênio, as brincadeiras e os brinquedos foram cedendo espaço para aqueles de conformação cibernética, como os jogos virtuais – nem sempre virtuosos -, que aos poucos vão assumindo predominância. Isto ocorre principalmente entre crianças e adolescentes, desafiando a convivência, às vezes substituída anomalamente pela vida virtual e solitária, geradora de desequilíbrios emocionais e, muitas vezes, psiquiátricos, quando não é gerida e supervisionada de forma adequada pelos pais e professores.

Entretanto, o ponto fundamental a ser examinado não será, tão somente, sobre se os brinquedos são “antigos” ou novos; se são jogos reais ou virtuais; se as atividades de entretenimento são competitivas ou cooperativas, etc. Há um aspecto de visceral importância a ser observado: quem brinca com os seus filhos? Quem é que joga com as suas crianças? Quem articula e vivencia os divertimentos em família?

Acompanhar o grupo ao qual o filho pertence, bem como aqueles que mediam as diversões, é tarefa parental intransferível.

Efetivamente, os pais podem e devem selecionar brinquedos e brincantes, brincadeiras e cuidadores, conforme os princípios e valores que norteiam a educação escolhida para estruturar a formação psicológica e social, espiritual e moral dos filhos que Deus lhes confiou. Contudo, cabe aos pais, ainda, o maior desafio de se constituírem no primeiro e no principal brinquedo para os seus filhos, assim como no seu primeiro e maior arte-educador.

Os pais escolhem para os seus filhos o melhor médico, a melhor escola, a melhor alimentação… E compete aos progenitores escolherem-se para serem o arte-educador mor e o melhor brinquedo, o brinquedo vivo.

No mundo lúdico infanto juvenil do seu filho, juntamente com outras crianças e jovens – e também com outros pais – será possível viabilizar um espaço de convivência psicopedagógica propiciador da “maternagem” e da “paternagem” na efetivação de um laboratório significativo para uma educação moral prática como arte de incutir hábitos e de formar caracteres.

Bem é verdade que, ao mesmo tempo, os pais se beneficiam desta dinâmica, também se (re)educando, ou seja, tratando e curando a sua criança interior que, habitualmente, traz muitas feridas da sua família de origem; ou, então, por serem adultos provenientes de lares harmoniosos, deixam, naturalmente, a sua criança interna dourada e feliz comparecer com todos os seus predicados positivos à convivência com seus filhos, ofertando-lhes beleza, criatividade, espontaneidade, autenticidade, amor…

O Livro dos Espíritos, questão 685, comentário.

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