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Publicado em 17 de setembro, 2021 | por Centro Paz e Amor

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Estudos Espíritas – Universo

Joanna de Ângelis (espírito)

Proposição – É de todos os tempos o empenho audacioso do homem, no sentido de interpretar o Universo, entender o mecanismo das goladas, e, conseqüentemente, da vida, no campo da forma.

Conceitos ingênuos, inspirados por emoções desvairadas e fantasias exorbitantes, constituíram por largos períodos de tempo como representações seguras da Engenharia Cósmica.

Dados matemáticos e estudos profundos, milenarmente reunidos, vêm a pouco e pouco, porém, estabelecendo o plano inicial da mecânica celeste, em programado sonho de elucidar os perfeitos sistemas de mundos que gravitam nos espaços siderais.

De Tales, de Mileto, pesquisando a eletricidade do âmbar, a Faraday e Oersted, no campo electromagnético, de Galileu, com nas suas lunetas humildes, aos Drs. Frank Drake e K. Menon, desenvolvendo o “Projeto Ozma” através de um radiotelescópio parabólico de 26m, tentando escutar os sons provindos de Tau de Ceti e Epsílon de Erídano, a 112 trilhões de quilômetros de distância, vão-se estabelecendo novos recordes no estudo do Universo.

Todas as pesquisas têm, todavia, tentado estabelecer as linhas básicas mediante as quais surgiu o nosso Sistema Solar e, em decorrência disso, os demais sistemas espalhados pelos bilhões e bilhões de galáxias que se expandem pelo Infinito…

Até há pouco acreditava-se que os planetas eram conseqüências de “acidentes” decorrentes de colisões. Hoje, porém, concluiu-se que o nosso Sol como as demais estrelas São o resultado da “contração gravitacional de poeira e gás interestelares”. No entanto, toda e qualquer proposição por mais fantástica, estruturada em cálculos surpreendentes, ainda resulta como pálido reflexo dos efeitos secundários que permitirão ao homem encontrar o Criador a revelar-se através da Sua Obra, conforme a afirmação de Allan Kardec.

Esquematização – Anaxágoras quinhentos anos antes de Jesus, informava que “tudo quanto vemos é uma visão do invisível”, introduzindo nos seus estudos filosóficos o espírito, e facultando às elucubrações do pensamento seguros dados para observações rigorosas no campo da forma. Logo depois, Demócrito, de Abdera, escrevia : “Doce e amargo, frio e quente, assim como as diversas cores, todas essas coisas só existem na opinião, e não na realidade; o que na verdade existe são partículas imutáveis, os átomos e seus movimentos no espaço vazio”, abrindo o campo para divagações e estudos que culminariam nas profundas observações do matemático alemão Leibniz ou de Berkeley, ao afirmar: “Todo o conjunto do céu e o que guarnece a Terra, ou numa só palavra: todos os corpos que formam a poderosa estrutura do mundo não possuem qualquer substância senão a que lhes dê o espírito… Se eles não são malmente percebidos por mim, ou não existem em meu espírito, nem no de nenhuma outra criatura, de duas, uma: ou não têm existência ou subsistem apenas na mente de algum Espírito Eterno.”

Foi, todavia, mais tarde que se abandonaram as teorias mecânicas para que se adorassem as abstrações matemáticas, quando Max Planck apresentou a teoria dos Quantas, objetivando resolver diversos problemas defrontados nos seus estudos sobre a radiação.

Aplicando a Teoria dos Quanta, Einstein conseguiu desvendar o efeito fotoelétrico, facultando à Física importantes observações.

Louis de Broglie sugeriu, então, que se “considerassem os elétrons não como simples partículas mas como sistemas de ondas”, modificando. inteiramente o conceito vigente, no que foi apoiado por Sir James Jeans e Schroedinger, que desenvolveu a idéia sob um sistema matemático, que denominou por “mecânica ondulatória”.

Posteriormente, Heinsenberg e Born desenvolveram novas técnicas matemáticas, conseguindo descrever os fenômenos quânticos em termos de ondas como em termos de partículas, modificando enormemente a filosofia da Ciência.

Einstein, discordando da Teoria do “éter” e do “espaço como sistema ou arcabouço fixo, em absoluto repouso, dentro do qual fosse possível distinguir o movimento absoluto ou relativo”, reuniu tudo num postulado fundamental e apresentou a Teoria da Relatividade, que modificou completamente a conceituação do Universo mecânico, estruturando-o sobre outros dados. Prosseguindo em incessantes interpretações, concebeu depois a Teoria do Campo Unificado, que se transformou logo mais numa verdadeira ponte entre os dois sistemas : do Quanta e da Relatividade.

Os estudos prosseguiram afanosos e a Ciência hoje consegue explicar com relativa segurança a formação das galáxias, da poeira cósmica e das estrelas, dos átomos e do mundo subatômico, todavia, tudo isto repousa no pressuposto real do que já exista: quanta de energia, neutros livres, essência cósmica ou o que se deseje denominar, constituindo o sublime Universo.

E foi por essa razão, após minuciosa análise, que o próprio Einstein asseverou : “Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber com os nossos espíritos frágeis e duvidosos. Essa convicção profundamente emocional na presença de um poder raciocinante superior, que se revela no incompreensível universo, é a ideia que faço de Deus.”

“(…) E Deus fez a luz” – afirmam as mais remotas tradições históricas do Conhecimento, fundamentadas na análise dos livros religiosos da Humanidade, encarregados de interpretarem no seu simbolismo os movimentos primeiros da Criação, no nosso Sistema Solar. E ao fazer-se a luz, simplesmente foi facultado que o Sol aquecesse, iluminasse a Terra e os demais áulicos que gravitam em sua órbita, após, obviamente, tê-los elaborado e guindado nas Leis da Gravitação Universal, em milênios e milênios, mediante os quais os Engenheiros Galáticos estabeleceram em Seu Nome as forças de atração e repulsão, que os sustentam nos planos espaciais.

Nos cem bilhões de sois da Via-Láctea e nos cem milhões de galáxias, que aproximadamente existem, na sua quase totalidade maiores do que a nossa, palidamente se configuram os planos do Universo desafiando a inteligência humana, a fim de que o homem penetre no Amor e o amor responda sobre a grandeza da Vida, pois que todos os demais caminhos sem o amor conduzem, normalmente, à falência dos desejos e ambições, com pesados tributos de desenganos e frustrações.

Acompanhando a jornada de um átomo de carbono pode-se isto compreender. Nasce ele invariavelmente numa estrela, em três etapas distintas. Quando dois prótons se chocam um deles perde a carga elétrica e transforma-se num nêutron, formando uma outra substância, o deutério ou hidrogênio pesado. Mais tarde, esse núcleo capta outro próton e nêutron transformando-se em- um núcleo de hélio. Esta é a primeira etapa. De quando em quando ocorre que três átomos de hélio chocam-se de uma só vez e formam, então, o núcleo de carbônio. Após essa segunda etapa a estrela explode, graças à pesada carga de átomos e estes são espalhados pelo oceano tênue do hidrogênio que invade o espaço. Por fim, quando uma nova estrela começa a formar-se desse hidrogênio, capta alguns dos átomos existentes de carbônio e de outros que reúne e os misturam na sua estrutura. Continua, então, esse átomo a jornada intérmina pelos diversos reinos da Natureza até um dia atingir o homem e perder-se no ar dos pulmões de algum ser, num turbilhão de aproximadamente 10 octilhões de átomos (no pulmão humano), respirando-se, assim, o mesmo átomo que esteve em outros pulmões e poderá ser respirado por futuros seres. Esse átomo de carbônio está imutável jornadeando há aproximadamente quatro bilhões de anos ou talvez mais, podendo desaparecer somente numa estrela nova, vitimado por colisões atômicas violentíssimas que o desagregarão, vindo a formar novos átomos outros…

Concepções mirabolantes, portanto, nascem cada dia e continuam chamando a atenção dos estudiosos para o Universo. Ora são os quasares, que emitem enormes quantidades de energia, ora outra são os “buracos”, fazendo que imaginações que ralam à ficção suspeitem que em 70 bilhões de anos, aproximadamente, do Universo nada mais existirá senão um imensurável “buraco negro”…

Dedução – “Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas” – asseverou sabiamente Jesus, e após ensinar as lições da fraternidade e do amor partiu para o Seu Reino, preparando para o homem – sua meta sublime, seu fanal ! – a morada definitiva, onde a sombra, a dor e a morte, não possuindo dimensão ou legitimidade, são fantasmas desvanecidos pelo sopro da realidade.

Estudando a estrutura de um átomo a Ciência miniaturiza para o entendimento humano as possíveis constituições do Universo. . .

Acima, porém, e imediatamente, antes que o homem não se penetre da necessária capacidade de entender as gloriosas elaborações da “Casa do Pai”, deverá mergulhar no labirinto de si mesmo e compreender a urgência de aplicar as regras do Evangelho de Jesus no comportamento diário, para habitá-la e fruí-la por fim, quando despojado da pesada indumentária dos parcos sentidos.

Estudo e meditação:

“É dado ao homem conhecer o principio das coisas?

“Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.” “Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?

“O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.” “Não pode o homem, pelas investigações científicas, penetrar alguns dos segredos da Natureza?

“A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu.”

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19.)

“(…) Do mesmo modo, o Universo, nascido do Eterno, remonta aos penados inimagináveis do infinito de duração, ao Fiat lux? do inicio.

“O começo absoluto das coisas remonta, pois, a Deus. As sucessivas aparições delas no domínio da existência constituem a ordem da criação perpétua.

“Que mortal poderia dizer das magnificências desconhecidas e soberbamente veladas sob a noite das idades que se desdobraram nesses tempos antigos, em que nenhuma das maravilhas do Universo atual existia; nessa época primitiva em que, tendo-se feito ouvir a voz do Senhor, os materiais que no futuro haviam de agregar-se por si mesmos e simetricamente, para formar o templo da Natureza, se encontraram de súbito no seio dos vácuos infinitos; quando aquela voz misteriosa, que toda criatura venera e estima como a de uma mãe, produziu notas harmoniosamente variadas, para irem vibrar juntas e modular o concerto dos céus imensos”

(A Gênese, Allan Kardec, cap. VI, itens 14 e 15.)

Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.

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