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Publicado em 7 de agosto, 2023 | por Centro Paz e Amor

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Na Ausência do Amor

Aquele que diz que está na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas até agora. O que ama o seu irmão permanece na luz e nele não há ocasião de  queda. Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas; caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas cegaram os seus olhos.1,João, 2:9-11. (Bíblia de Jerusalém)

Sob esse título, Emmanuel analisa que as diferentes manifestações da intransigência ou fanatismo refletem uma alma enferma, doente porque escolheu  viver na ausência do amor.

Se não sabes cultivar a verdadeira fraternidade, será atacado fatalmente pelo pessimismo, tanto quanto a terra seca sofrerá o acúmulo do pó. Tudo incomoda quele que se recolhe à intransigência. Os companheiros que fogem às tarefas do amor são profundamente tristes pelo fel de intolerância com se alimentam.1

Como enfermidade do Espírito, a intransigência expressa severidade ou rigor perante os comportamentos  e opiniões humanos. Em se tratando de ação política ou  religiosa, a intransigência demonstra  atitude odiosa, agressiva, a respeito daqueles de cuja opinião ou crença se diverge.

Estejamos, pois, atentos porque a intransigência não se instala abruptamente. Requer um período de incubação gradual, semelhante ao que acontece nas doenças infecciosas. Só que no caso da intransigência,  a infecção ocorre na alma.

Procuremos guardar a devida vigilância com o intuito de aprender identificar sinais reveladores dessa terrível infecção espiritual,  alguns dos quais são assim destacados por Emmanuel:

Convidados ao esforço de equipe, asseveram que os homens respiram em bancarrota moral. Trazidos ao culto da fé, supõem reconhecer, em toda parte, a maldade e a desilusão. Chamados à caridade, consideram nos irmãos de sofrimento inimigos prováveis, afastando-se irritadiços. Impelidos a essa ou àquela manifestação de contentamento, recuam desencantados, crendo surpreender a maldade e a lama nas menores exteriorizações de beleza festiva.1

O filósofo iluminista Voltaire já afirmava que a intransigência ou fanatismo “[…] é para a superstição o que o delírio é para a febre, o que a raiva é para a cólera. Aquele que tem êxtases, visões, que toma os sonhos como realidades, e suas imaginações como profecias, é um entusiasta; aquele que alimenta sua loucura com assassinato é um fanático.”

A história humana está repleta de atentados cometidos contra a Lei de Deus porque pessoas fanáticas ou intransigentes, agindo como juízes severos e frios, não hesitaram em cometer crimes, condenando à morte ou à perseguição implacável  irmãos em humanidade, simplesmente por que estes não pensam como eles. A civilização atual, contudo, indica que o ser humano evoluiu e que leis mais justas foram elaboradas, a fim de que a vida em sociedade possa estabelecer uma convivência mais pacífica.

A pessoa de bem sabe que a é preciso agir com muita prudência e espírito de benevolência perante à divergências encontradas no cenário social.

Excessos dogmáticos, lances de fanatismo, opiniões prepotentes, medidas de intolerância e injúrias teológicas podem ser considerados por enfermidades das instituições humanas, destinadas a desaparecer com a terapêutica silenciosa da evolução e do tempo, embora constituem para todos nós, os espíritas cristãos encarnados e desencarnados, constantes desafios a mais amplo serviço na sementeira da luz. 3

O maior desafio da humanidade atual  é vivenciar o amor, trilhando os caminhos da luz, libertando-se das trevas, como esclarece o apóstolo João na citação inserida no início deste texto: “o que ama o seu irmão permanece na luz e nele não há ocasião de  queda.” O  Amor é, pois a solução, o remédio salutar, a vacina eficiente, que cura e produz imunidade às enfermidades espirituais.

Quem ama o próximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e os ouvidos do venenoso visco do escândalo, a fim de ajudar, em vez de acusar ou desservir.
É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade, para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um  só Pai.4

Referências 

  1. XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 6 imp. Brasília: FEB, 2013. Cap. 158, p. 333.
  2. Dicionário filosófico. Tradução de Ciro Mioranza e Antonio Geraldo da Silva.São Paulo: editora Scala, 2008, p. 258.
  3. XAVIER, Francisco Cândido. Justiça divina. Pelo Espírito Emmanuel. 14 ed. 3 imp. Brasília: FEB, 2013. Cap. 76, p. 184.

Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 6 imp. Brasília: FEB, 2013. Cap. 159, p. 335.

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