A outra face do real
No mesmo instante em que o homem conseguiu ver, pela primeira vez na História, a face oculta da Lua, os cientistas soviéticos (logo eles) conseguiram, em suas pesquisas com a câmara Kirilià, na Universidade de Alma Ata, nos confins do Kazakistã, próximo à fronteira chinesa (bem escondidos nas selvas) ver e fotografar o corpo espiritual do homem. E conseguiram mais, em experiências com moribundos, pesquisando o fenômeno da morte, constatar que esse fenômeno só ocorre quando o corpo bioplástico (como o chamaram) se retira do corpo carnal, que então e só então se cadaveriza.
O Cristianismo havia conseguido a conversão do mundo. O Espiritismo está conseguindo a conversão da Ciência. A visão nova dos cristãos modificou as relações humanas, mesmo nas áreas não dominadas pelo Cristianismo, e criou uma nova cultura.
A visão novíssima do Espiritismo deu novas dimensões à visão cristã e está criando uma nova civilização. Segundo a conceituação de Kerchensteiner a cultura se divide em objetiva e subjetiva. A cultura objetiva se constitui dos bens concretos que formam a civilização, a cultura subjetiva representa o acervo de conhecimentos abstratos que formam o saber de cada civilização.
A cultura, tanto objetiva como subjetiva, da Era do Espírito, não pode ser transmitida às novas gerações através dos limitados recursos da Educação Cristã ou da Educação Leiga, ambas irremediavelmente superadas.
O conflito materialismo versus espiritualismo, que gerou essas duas formas de educação, não tem mais possibilidade de sobreviver na cultura atual. A nova concepção do homem e do mundo que marca o nosso tempo exige uma nova educação de dimensões cósmicas e espirituais. Porque a Era do Espírito é também a Era Cósmica.
E só o Espiritismo tem condições para atender a essa exigência do nosso tempo, através da Educação Espírita, que já se desenvolve espontaneamente aos nossos olhos e por sua vez exige a sua formulação pedagógica.